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STF tem 4 votos para negar recurso da CNBB em ação sobre aborto

Por Redação em 05/08/2024 às 11:35:40
Foto: Mogi News

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O Supremo Tribunal Federal (STF) soma quatro votos pela rejeição de um recurso da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que busca anular o voto da ministra aposentada Rosa Weber favorĂĄvel à descriminalização do aborto até a 12ÂȘ semana de gestação.

Votaram pela rejeição do recurso o relator, ministro FlĂĄvio Dino, e os ministros Alexandre de Moraes, LuĂ­s Roberto Barroso e CĂĄrmen LĂșcia. O caso é julgado no plenĂĄrio virtual, e os demais ministros tĂȘm até o fim da próxima sexta-feira (9) para votar.

O tema é discutido em uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) aberta pelo partido Psol em 2017, cujo mérito começou a ser julgado em setembro do ano passado, quando a então relatora e presidente do Supremo, Rosa Weber, apresentou seu voto pela descriminalização. Ela foi a Ășnica a votar até o momento.

O julgamento, contudo, não continuou porque o ministro LuĂ­s Roberto Barroso, que sucedeu Rosa Weber na presidĂȘncia do Supremo, pediu destaque do processo, ou seja, a remessa para discussão no plenĂĄrio fĂ­sico, em que hĂĄ o debate ao vivo.

Alegação da CNBB

Em recurso, a CNBB alegou que o voto de Rosa Weber deve agora ser desconsiderado, pois teria sido computado após o pedido de destaque de Barroso, o que o tornaria sem efeito.

O atual relator da ação, ministro FlĂĄvio Dino, que assumiu a cadeira de Weber após a aposentadoria dela, contudo, negou o recurso dos bispos.

Sem analisar em qual momento exato teria sido registrado o voto da ministra, Dino afirmou que a CNBB não poderia ter ingressado com esse tipo de recurso, pois participa da ação como amicus curiae, ou seja, uma entidade "amiga da Corte", capaz de fornecer informações Ășteis para o julgamento, mas inapta a apresentar esse tipo de recurso numa ADPF.

Ainda não hĂĄ data marcada para que o mérito da ação sobre a descriminalização do aborto até a 12ÂȘ semana volte à pauta de julgamentos do plenĂĄrio do Supremo. Apesar de crĂ­tico aberto da criminalização do aborto como polĂ­tica pĂșblica, Barroso, atual presidente do Supremo, tĂȘm dito que o tema ainda não estĂĄ maduro o bastante na sociedade para ser julgado.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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