Cid pede absolvição sumĂĄria e diz ao STF que cumpria dever legal

Por Redação em 06/03/2025 às 21:03:18
Foto: Carta Capital

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O tenente-coronel Mauro Cid pediu nesta quinta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) absolvição sumĂĄria das acusações que constam na denĂșncia sobre a trama golpista.

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cid fez acordo de delação premiada com a PolĂ­cia Federal (PF) na qual contou a participação do ex-presidente e aliados na tentativa de golpe para impedir o terceiro mandato do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva.

Apesar de ser delator, Mauro Cid também foi denunciado pela PGR. A medida é praxe nos casos de delação. Na prĂĄtica, o militar ficarĂĄ longe da punição total e vai ganhar os benefĂ­cios se cumprir com os termos do acordo.

Na manifestação enviada ao Supremo, a defesa do militar pediu a manutenção do acordo de delação e disse que Cid não pode ser acusado de crimes porque cumpria sua função de ajudante de ordens.

"Mauro Cid estava desempenhando sua função na ajudância de ordem da PresidĂȘncia da RepĂșblica, cumprindo, portanto, seu dever legal regulado. Essa conduta de porta-voz que lhe é atribuĂ­da pela Procuradoria Geral da RepĂșblica, era sua obrigação legal vinculada ao estrito cumprimento de seu ofĂ­cio, e como tal, abrigada por uma excludente de ilicitude devidamente prevista no Código Penal", diz a defesa.

Ameaça

A defesa também garantiu ao STF que Mauro Cid não foi ameaçado para assinar a delação. Segundo os advogados, todas as etapas das delações foram acompanhadas pelos profissionais.

"Jamais a defesa constituĂ­da admitiria qualquer espécie de coação ou induzimento na prestação de informações por Mauro Cid. A defesa jamais admitiria ou se submeteria a qualquer ato de coação ou na negociação de um acordo que comprometesse o seu mais amplo direito de defesa", afirmaram os advogados.

Prazo de defesa

O prazo para entrega da defesa da maioria dos denunciados termina nesta quinta-feira (6), exceto no caso do general Braga Netto e do almirante Almir Garnier, que tĂȘm até amanhã (7) para se manifestarem sobre a denĂșncia.

Após a entrega de todas as defesas, o julgamento da denĂșncia vai ser marcado pelo STF.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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