STF torna rĂ©us deputados e suplente do PL por suspeita de corrupção

Por Redação em 11/03/2025 às 21:33:15
Foto: Agência Brasil - EBC

Foto: Agência Brasil - EBC

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus nesta terça-feira (11) dois deputados federais e um suplente do Partido Liberal (PL) pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. A Corte jĂĄ tinha maioria pela aceitação da denĂșncia, e a votação foi concluĂ­da nesta terça.

Com a decisão, vão responder a processo no STF os parlamentares Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE). Eles são acusados pela Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) de cobrar propina para a liberação de emendas parlamentares.

A votação ocorreu de forma virtual na Primeira Turma da Corte. A deliberação começou no dia 28 de fevereiro e foi finalizada nesta terça-feira.

Além do relator, Cristiano Zanin, os ministros Alexandre de Moraes, CĂĄrmen LĂșcia, FlĂĄvio Dino e Luiz Fux votaram para transformar os acusados em réus.

De acordo com a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, os acusados solicitaram vantagem indevida de R$ 1,6 milhão para liberação de R$ 6,6 milhões em emendas para o municĂ­pio de São José de Ribamar (MA).

Segundo Zanin, hĂĄ "indĂ­cios suficientes" para o recebimento da denĂșncia da procuradoria. Além disso, o ministro ponderou que, nesta fase processual, cabe ao Supremo apenas analisar o preenchimento das acusações formais da acusação.

"Não se exige, para este juĂ­zo de admissibilidade, prova completa do crime e de sua autoria, bastando a fundada suspeita quanto aos imputados e a prova da materialidade dos fatos. O recebimento da denĂșncia, pois, não implica julgamento antecipado nem conduz à conclusão sobre culpabilidade", escreveu Zanin.

Defesas

A defesa do deputado Josimar Maranhãozinho declarou ao Supremo que as acusações da PGR contra o parlamentar se "mostram frĂĄgeis e desfundamentadas".

Os advogados de Bosco Costa defenderam a rejeição da denĂșncia por falta de provas. A defesa afirmou ao Supremo que a acusação estĂĄ baseada em "diĂĄlogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas de Bosco".

A defesa de Pastor Gil defendeu a ilegalidade das provas obtidas na investigação por entender que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também acrescentaram que a denĂșncia é baseada em "hipóteses e conjecturas".

Fonte: AgĂȘncia Brasil

Comunicar erro
Movimento MT Por Elas