Foto: Agência Brasil - EBC
Com a medida, a procuradoria terĂĄ prazo de cinco dias para se manifestar sobre os argumentos apresentados pelos advogados dos acusados.
De acordo a PGR, os seis denunciados do nĂșcleo são acusados de organizar ações para "sustentar a permanĂȘncia ilegĂtima" de Bolsonaro no poder.
Fazem parte deste nĂșcleo Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro); Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da PolĂcia RodoviĂĄria Federal); MĂĄrio Fernandes (general do Exército); MarĂlia de Alencar (ex-subsecretĂĄria de Segurança do Distrito Federal) e Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretĂĄrio-adjunto da Secretaria de Segurança do Distrito Federal).
No despacho, Moraes encaminha os documentos das defesas para a PGR e concede o prazo previsto em lei.
"Encaminhem-se os autos à Procuradoria-Geral da RepĂșblica para manifestação, nos termos do art. 5Âș, caput, da Lei 8.038/90 ("Se, com a resposta, forem apresentados novos documentos, serĂĄ intimada a parte contrĂĄria para sobre eles se manifestar, no prazo de cinco dias"), em relação às defesas apresentadas pelos denunciados do nĂșcleo 2", decidiu Moraes.
Após a entrega de todas as defesas, o julgamento da denĂșncia vai ser marcado pelo STF.
O processo serĂĄ julgado pela Primeira Turma do Supremo. O colegiado é composto pelo relator da denĂșncia, Alexandre de Moraes, e os ministros FlĂĄvio Dino, Cristiano Zanin, CĂĄrmen LĂșcia e Luiz Fux.
Pelo regimento interno da Corte, cabe às duas turmas do tribunal julgar ações penais. Como o relator faz parte da Primeira Turma, a acusação serĂĄ julgada pelo colegiado.
Se a maioria dos ministros aceitar a denĂșncia, Bolsonaro e os outros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal no STF.
A data do julgamento ainda não foi definida. Considerando os trâmites legais, o caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025.
Fonte: AgĂȘncia Brasil