Ao verificar a presença de requisitos para a decretação da preventiva do casal, Elizabeth Machado Louro, da 2ÂȘ Vara Criminal do Rio de Janeiro, apontou 'risco à ordem pĂșblica' e ponderou que a medida também seria 'forma de aplacar a nefasta sensação de impunidade'
A juĂza Elizabeth Machado Louro, da 2ÂȘ Vara Criminal do Rio de Janeiro, recebeu a denĂșncia contra o vereador Jairinho e a professora Monique Medeiros pelo homicĂdio triplamente qualificado do menino Henry Borel, de quatro anos.
A magistrada ainda acolheu pedido do Ministério PĂșblico do Rio e decretou a prisão preventiva da dupla que também foi acusada dos crimes de tortura, fraude processual e coação no curso do processo.
A decisão de colocar Jairinho e Monique no banco dos réus foi dada no mesmo dia em que a Promotoria apresentou a denĂșncia à Justiça fluminense. No despacho, Elizabeth apontou que o caso gerou "forte clamor pĂșblico, que beirou o furor popular".
Além disso, ao verificar a presença de requisitos para a decretação da preventiva do casal, a magistrada apontou "risco à ordem pĂșblica", ponderando que a medida também seria "forma de aplacar a nefasta sensação de impunidade".
A juĂza deu dez dias para que os acusados respondam às acusações da promotoria fluminense.
Na denĂșncia, o promotor Marcos Kac chegou a registrar que Henry era submetido a "intensos sofrimentos fĂsicos e mentais como forma de castigo pessoal e medida de carĂĄter preventivo com agressões fĂsicas perpetradas" por Jairinho.
A mãe do menino, Monique, responde ainda pelo crime de falsidade ideológica, em razão de ter prestado declaração falsa no Hospital Real D"Or, em Bangu, em 13 de fevereiro – "data de um episódio de tortura anterior ao dia da morte de Henry", segundo o MP fluminense.
COM A PALAVRA AS DEFESAS
A reportagem busca contato com os advogados de Dr. Jairinho e Monique. O espaço estĂĄ aberto para manifestações.
Estadão