O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afastou o delegado federal Felipe Alcântara de Barros Leal da condução do Inquérito (INQ) 4831, que apura declarações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança PĂșblica Sérgio Moro sobre suposta tentativa do presidente da RepĂșblica, Jair Bolsonaro, de interferir politicamente na PolĂcia Federal. O ministro pediu que o diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, designe nova autoridade policial e nova equipe para atuar no feito.
De acordo com o ministro, Felipe Leal determinou a realização de diligĂȘncias para investigar atos que teriam sido efetivados por Maiurino, que assumiu a diretoria-geral da PF em 6/4/2021, ou seja, após os fatos apurados no inquérito e sem qualquer relação com eles. "Não hĂĄ, portanto, qualquer pertinĂȘncia entre as novas providĂȘncias referidas e o objeto da investigação", verificou.
As diligĂȘncias requeridas, tornadas sem efeito pela decisão do relator, envolvem acesso a eventual relatório da AgĂȘncia Brasileira de InteligĂȘncia (Abin) para orientar a defesa do senador FlĂĄvio Bolsonaro (Patriota-RJ) e ao processo de exoneração do delegado Alexandre Saraiva do comando da PF no Amazonas após a apresentação de notĂcia-crime contra o então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, entre outros.
Fonte: STF