Maioria do STF vota por 1ÂȘ absolvição de rĂ©u envolvido no 8 de janeiro

Por Redação em 15/03/2024 às 10:17:30
Foto: Reprodução internet

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O plenĂĄrio do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na noite dessa quinta-feira (14), para absolver - pela primeira vez - um dos réus denunciados por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado, quando as sedes do TrĂȘs Poderes, em BrasĂ­lia, foram invadidas e depredadas.

Votaram até o momento o relator, ministro Alexandre de Moraes, e os ministros Cristiano Zanin, CĂĄrmen LĂșcia, FlĂĄvio Dino, Dias Toffoli e Luis Roberto Barroso, todos pela absolvição, seguindo parecer da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR).

Geraldo Filipe da Silva foi preso em flagrante no 8 de janeiro, nas proximidades do Congresso Nacional. A PGR o denunciou por diversos crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado e dano qualificado, mas, depois da instrução da ação penal, mudou de posição opinando pela absolvição do réu.

A defesa alegou que o réu se encontrava em situação de rua, e, após almoçar em um restaurante comunitĂĄrio, resolveu seguir a multidão em direção ao Congresso, quando se viu cercado por vândalos, mas ele não participou de atos violentos.

Segundo os autos, o vĂ­deo da prisão em flagrante do réu mostra que ele foi agredido por vândalos, sendo acusado de "petista" e "infiltrado" e responsabilizado por vandalizar viaturas para tumultuar a manifestação. As investigações não foram capazes de demonstrar que ele, de fato, praticou atos violentos.

Argumentação

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes diz que "não hĂĄ elementos probatórios suficientes que permitam afirmar que o denunciado se uniu à massa, aderindo dolosamente aos seus objetivos, com intento de tomada do poder e destruição do PalĂĄcio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal".

O caso é julgado no plenĂĄrio virtual, em que os votos dos ministros são registrados no sistema do Supremo, sem deliberação presencial. Os demais ministros tĂȘm até as 23h59 desta sexta-feira (15) para votar.

Outros 14 réus são também julgados a partir desta sexta-feira. Em relação a esses, a maioria votou pela condenação, com penas que variam de 11 a 17 anos de prisão.

Todos foram denunciados pela PGR por cinco crimes: abolição violenta do Estado DemocrĂĄtico de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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