Fachin vota para determinar que MP investigue mortes em operações

Por Redação em 24/04/2024 às 21:05:34
Foto: Agência Brasil - EBC

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin proferiu voto nesta quarta-feira (24) para obrigar o Ministério PĂșblico a investigar mortes ocorridas em operações policiais.

O entendimento do ministro estĂĄ no voto proferido durante o julgamento de oito ações de inconstitucionalidade que defendem limitações ao poder constitucional do MP de realizar investigações criminais.

Ao votar para confirmar o poder investigatório, Fachin reforçou que o órgão tem a função de exercer o controle da atividade policial.

Dessa forma, o ministro entendeu que a abertura de investigação para apurar mortes ocorridas em operações é obrigatória sempre que houver suspeita de envolvimento de agentes de segurança pĂșblica em mortes ou ferimentos graves em consequĂȘncia da utilização de armas de fogo. Em caso de descumprimento, serĂĄ cabĂ­vel a responsabilização funcional de membros do órgão.

"A ideia é de não inibir uma atividade legitima, que é a atividade policial. Creio que isso contribui para atividade policial e o respeito aos direitos fundamentais", afirmou.

Edson Fachin também votou para garantir que o MP possa pedir perĂ­cias em casos criminais e para determinar que os governos estaduais, municipais e estaduais devem, no prazo de dois anos, criar leis para dar independĂȘncia aos órgãos de perĂ­cia para evitar interferĂȘncia da polĂ­cia no trabalho dos peritos.

Após o voto do ministro, a sessão foi suspensa. O julgamento serĂĄ retomado amanhã (25).

Operações no Rio

Fachin é relator das ações que restringiram operações policiais no Rio para conter mortes de moradores de comunidades.

Referendada pelos demais ministros, a decisão limitou o uso de helicópteros e determinou a preservação de vestĂ­gios de crimes, além de proibir o uso de escolas e unidades de saĂșde como bases operacionais das polĂ­cias militar e civil. O MP também deve ser avisado com antecedĂȘncia sobre as operações.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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